11 de dezembro de 2009

41 - Banir toda a espécie de poliestireno expandido


Poliestireno expandido - isopor - esferovite - eps...

Está em todo o lado: a acondicionar os electrodomésticos que compramos, a embalar a fruta e os legumes, em copos, pratos, como isolamento nos edifícios, na terra dos vasos comprados, ...

No primeiro ano da faculdade éramos obrigados a usar esferovite: tínhamos de planear uma cidade com um número pré-definido de cubos de diferentes tamanhos. O esferovite era o material eleito, pelos professores, para as maquetas. Eu sentia-me um pouco culpada a cada nova placa que comprava e cortava, quando precisava de substituir alguns cubos que entretanto, devido ao manuseamento, já tinham adoptado outras formas. Tinha, há uns meses atrás, nos escuteiros, aprendido o que eram os cfc's e o esferovite, tinham-me dito, estava "cheio deles".


Fui sempre evitando o esferovite e quando tal era, aparentemente, impossível, tentava reutilizá-lo e reciclá-lo.

Agora decidi-me a abolir este material da minha vida...

Supostamente é 100% reciclável, parece que já não contém cfc's ou até nunca teve (?). É defendido por alguns como ecológico! Será?

No caso da construção, em comparação com outros produtos semelhantes, e pela energia que, como isolamento térmico, permite poupar, durante a vida útil do edifício (pode chegar a ser centenas de vezes superior à energia consumida durante o seu fabricação) parece que sim. Mas há alternativas naturais: o aglomerado de cortiça, por exemplo, é também um isolante térmico. E já se usa lã de ovelha e lã de madeira (também no acondicionamento e embalagem), entre outros.

Há sempre outras hipóteses (parece que há um "esferovite" de amido de milho, mas não encontrei informação*)! Há uns anos li um artigo (já não me lembro onde) sobre uma empresa que usava pipocas para acondicionar os seus produtos nas embalagens de cartão (em vez daquelas "batatas fritas" de esferovite...)

Então, tem a seu favor o ser reciclável, sem cfc's e, no seu processo de fabricação, ser gasta pouca energia e produzidos poucos resíduos.


Mas é um derivado do petróleo, leva 150 anos a degradar-se, e, segundo dizem, apenas se estiver exposto ao "ar", o que normalmente não acontece nos aterros sanitários... e é responsável pela morte de muitos animais, principalmente marinhos, que o engolem, pensando ser comida, ficando com o sistema digestivo afectado e acabando por morrer. Quem não vê, sempre que vai a uma das nossas praias, principalmente fora da época balnear (quando são limpas), pedaços de esferovite de vários tamanhos espalhados na areia ou até a boiar no mar?

Pelo menos para mim, os "pontos positivos" não são nem um pouco suficientes, ainda que ache louváveis todas as tentativas de minimizar o seu impacto, como por exemplo em Curitiba, onde têm um projecto para o reutilizar como substituto de betão leve.

Portanto, nada de produtos embalados em esferovite. Espero não ter que comprar nenhum electrodoméstico novo...

* entretanto encontrei aqui alguma informação sobre uma opção à base da cana de açúcar que se desfaz em 90 dias!

2 comentários:

  1. Pois, mas para quem precisa de materiais baratos (o esferovite é sempre uma óptima solução) para a realização de maquetas não há hipótese. Claro que quando é para deitar fora vai sempre para o contentor da reciclagem. Já agora, o material K-Line é reciclável? Porque aquilo é cartão do lado de fora, mas dentro é espuma...a sê-lo, em qual dos contentores se deposita?
    Inês

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  2. Não sei Inês. Quando usava o K-line também o coloca~va na ecoponto amarelo... mas vou investigar e quando descobrir digo-te.

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