13 de janeiro de 2019

desafio livro "365 coisas que posso fazer..."



Há quanto tempo que não escrevo por aqui, não é?

Pois é, mas continuo na minha demanda e agora, passados estes anos, tive o privilégio de ser convidada para colocar no papel as 365 coisas [aqui (ainda) não chegou a este número, eu sei…].

Uma das ideias que tinha para o blog - e que agora gostaria de passar para a versão escrita - era pedir sugestões de “medidas” a vocês, que me foram acompanhando nesta aventura (pessoas fantásticas que me apoiaram, acarinharam, motivaram). Para mim, é uma forma de vos agradecer por tudo o que me deram.

A ideia é que as últimas 10 medidas para “diminuir a minha pegada ecológica” sejam sugeridas por vocês.

Vejam a lista das medidas já tomadas; e pensem “fora da caixa”!

Escolherei 10 medidas (que não estejam já nas minhas 355) e darei o devido crédito, no livro, às pessoas que as sugiram.

Assim, se quiserem participar neste projecto, enviem as vossas ideias até ao dia 20 de janeiro para o email awondrousday@gmail.com (só lerei as participações que me forem enviadas por esta via).

Bem hajam!
Ema Magalhães

12 de dezembro de 2017

giveaway "cozinha vegetariana para bebés e crianças"


Porque a alimentação tem um grande peso na nossa pegada ecológica, achei que valia a pena dizer-vos que estou a sortear, no meu outro blog, o livro "cozinha vegetariana para bebés e crianças" da Gabriela Oliveira. Passem por !

21 de julho de 2014

Um novo blog


Venho trazer-vos novidades...

Antes quero, mais uma vez, agradecer o vosso apoio, as vossas palavras carinhosas. Em especial quero enviar um abraço apertado (ainda que virtual) à Joana Azevedo, à Ana Santos Silva, à Juliana OFerreira, ao João Duque e à Sónia da Veiga (amiga mais que virtual, sempre atenta e presente): obrigada pelos vossos testemunhos, pelas vossas reflexões que me tocaram a alma.

Depois de reflectir, de me afastar do blog, e até de me esvaziar, voltei a sentir o "bichinho" cá dentro.

Mas vou partir para outras bandas. Um novo blog, um novo conceito, ainda que partindo do mesmo princípio que originou este: procurar (e mostrar que é possível) viver de forma simples, sustentável, feliz e mais próxima da natureza.

Decidi manter este blog, que continua a ser um guia para muitas pessoas (e descobrir tal enche o meu coração de gratidão e felicidade todos os dias) e aqui virei actualizar a LISTA, sempre que "postar" sobre alguma das "365 coisas que posso fazer...". Sim, porque ainda faltam algumas!!!...

Assim, se quiserem ficar por aqui, podem, desta maneira, continuar a acompanhar as minhas medidas para diminuir a minha pegada ecológica.

Se me quiserem acompanhar na minha nova/renovada aventura, basta irem até AQUI.

Serão muito bem vind@s e darei o meu máximo para também vos continuar a inspirar, tal como vocês me têm inspirado a mim, ao longo do tempo que durou este blog. Para sempre vos estou grata!




8 de abril de 2014

Aqui estou eu...


... passados 3 meses desde o meu último post.

Li atentamente os vossos comentários. Obrigada. Alguns de vós dizem coisas que já sei, mesmo que neste momento não as sinta. Alguns dos vossos pensamentos fizeram-me reflectir (ainda mais...) sobre o que ando por aqui a fazer/escrever...

Se depois deste tempo, cheguei a alguma conclusão? Não.

Estou diferente. Claro que somos diferentes - a cada dia que passa - de quem fomos ontem, mas, neste momento, sinto-me distante da pessoa que iniciou este projecto. Como tenho tendência para perder o interesse nas coisas tão depressa como tenho para me entusiasmar por elas, reflecti sobre esta minha faceta (é o bom de irmos conhecendo os nossos defeitos...) para ver se era este o caso. Não é. Acreditem. Continuo ensombrada pelas interrogações que convosco partilhei no último post. Continuo a sentir que (já) não é este o caminho. Mas também não sei qual o (meu?) caminho...

"O futuro é desconhecido. Não acredito que os seres humanos possam exterminar a vida. Ela é muito robusta, muito mais adaptável do que pensávamos antes. Encontramos sempre novas formas de vida que são muito mais resistentes do que pensávamos e por isso ela continuará."
                                                                                                     Hubert Reeves (excerto desta entrevista)

Portanto, vou suspender a minha actividade por aqui. Vou manter o blog, que (e enquanto) continua a receber visitas. Vou responder aos comentários que necessitarem de esclarecimentos.

Se voltarei a postar por aqui, é algo que ainda não sei (há muitos não sei por aqui...). Mas quando descobrir vocês serão os primeiros a saber.

Obrigada por TUDO!



31 de dezembro de 2013

O tempo ajudará...


Como já repararam ando desaparecida...

Desta vez não tenho nenhum motivo"maior", simplesmente ando desapontada.

Não especificamente com este blog, muito menos com vocês, mas com as pessoas em geral.

Desculpem o desabafo. Eu sou optimista, com a "mania" de ver sempre o melhor em tudo e todos, como me costumam dizer, mas neste momento o meu positivismo está desmoralizado...

Sinto-me frustada, a pensar "mas para que é que ando para aqui a bater no ceguinho???"

Eu sei que não faço nada de especial, à escala maior. Sou só um pequeno ser a esforçar-se por reduzir o seu impacto no planeta. E não o digo para me darem palmadinhas nas costas e me dizerem "olha que não, és o máximo"..., a sério que não, mas porque acredito que se todos nós fizermos pequenas coisas positivas, juntos alcançamos grandes resultados.

Mas depois olho à minha volta e, tirando algumas excepções - nas quais vos incluo porque se não, não estariam por aqui - ninguém quer saber. Ninguém quer saber. Anda toda a gente "ocupada com a sua vida" (...), andam todos demasiados ocupados para olhar para as árvores que desaparecem, para ver o mar que traz lixo em cada onda, para reparar no céu não tão azul. Andam todos demasiado ocupados a trabalhar, a educar as suas crianças (como já me disseram) para terem tempo para "essas coisas" (como também já me disseram...). Essas coisas? Cuidar do planeta onde vivemos, do planeta que é suposto deixar em bom estado às gerações vindouras...

Eu acredito que o planeta não precisa de nós para nada. Por muito mal que lhe façamos, ele vai sobreviver. Nós não, nós somos delicados e precisamos de determinadas condições para sobreviver por aqui. Portanto vamos dar cabo de tudo até ao ponto de nos extinguirmos como espécie. A Terra até poderá demorar algum tempo a recuperar, mas fá-lo-á, e viverá, provavelmente até o nosso sol "morrer"...

Portanto ando eu (andamos nós, uma meia-dúzia de "malucos") preocupada com a sobrevivência de uma espécie que não tem - pelo vistos - o mínimo instinto de preservação.

Então, digam-me vocês, para quê?...

Nesta altura do ano devia estar a enviar-vos mensagens positivas e cheias de esperança (e claro que desejo que o novo ano vos/nos traga felicidade e sonhos realizados) mas não consigo evitar como me sinto. Não se preocupem, não estou enrolada em posição fetal no escuro do quarto. Ando pelo mundo a viver a minha vida ao máximo, como sempre fiz, mas sinto que perdi alguma coisa algures. Sinto que perdi o sentido de missão, se é que tal faz sentido.

E deixo-vos com a grande Sophia, a quem volto sempre em busca de conforto e quem sabe, hoje, de força:

A Forma Justa

Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos — se ninguém atraiçoasse — proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
— Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo

Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome das Coisas"



17 de novembro de 2013

Curso Sabão Natural


Se não estou em erro é a primeira vez que divulgo aqui um workshop curso, mas já vos falei tantas vezes da Sylvia, dos seus ensinamentos e da sua importância na minha evolução enquanto "produtora natural de cosméticos e produtos de limpeza"... que achei que o devia fazer.

A Sylvia, por motivos vários, esteve ausente destas lides, mas o seu regresso é em grande, com este curso de Sabão Natural.

Ainda há vagas. Eu vou, e vocês?


a cartaz não tem muita definição, mais informações aqui

7 de outubro de 2013

216 - Comprar uma bicicleta "verde"...


Como devem ter reparado a minha pausa prolongou-se para cá de meados de setembro e - apesar das mudanças não estarem completas (as obras demoram sempre mais tempo do que o previsto...) - já estava a sentir falta do "365 coisas..." e, claro, de vocês!

Neste período houve mais mudanças para além das referentes à casa e que implicam eu poder andar mais de bicicleta e menos de carro (boa, boa!!!). Também o Zé Manel anda mais de bicicleta e como, nos nossos tempos de lazer, queremos passear os dois juntos e só tínhamos uma (e andar sentado no quadro não é nada confortável...) resolvemos comprar a segunda. E claro, decidi logo investigar e procurar a bicicleta mais amiga do ambiente...

Por si só uma bicicleta já é "ecológica", mas há umas mais do que outras...

Gostava de vos dizer que comprámos esta (sim é de cartão), mas ainda não está à venda:


Ou esta (quem diria que o bamboo é tão caro?!...):


Ou ainda esta (parece-me - do que li - a mais "verde"...):


Mas não.

Entre a (ainda) inexistência de uma, o preço de outra, e o facto da última "estar" no Brasil, resolvi procurar uma bicicleta caseirinha, isto é made in Portugal.

E apaixonei-me - à primeira vista  - por esta:



"É a tua cara!"disse logo o Zé Manel... e assim assinou a sina de herdar a minha bicicleta anterior!

A minha nova menina é o modelo Sport Classic, da Órbita, empresa de Águeda com mais de 40 anos. E tive o prazer de a comprar na Velo Culture, uma charmosa loja "à antiga", em Matosinhos (há outra em Lisboa).

E não, não tive nenhum desconto por estar a fazer publicidade... As coisas boas são para partilhar, certo?

E entretanto lembrei-me que a minha primeira bicicleta também foi uma Órbita, como esta (mas branquinha):


No nosso caso não se justificava, mas as bicicletas eléctricas - apesar de terem uma bateria de lítio - podem ser uma escolha sustentável, se implicarem menos viagens de automóvel, não é? E esta, por exemplo, carrega-se simplesmente pedalando:


18 de julho de 2013

Mudanças...


Não, não é por aqui...

Estou a mudar de casa. Aliás estamos (e não é no sentido figurado, andamos mesmo com as mãos na massa) a fazer obras no apartamento para onde temos que nos mudar dentro de pouco tempo.


A juntar a isto, também estamos a tratar da mudança de casa da mãe do zé manel - com tudo o que isso implica: vender uma casa, comprar outra (e levar 40 anos de uma vida num mesmo sítio para um lugar novo). A mãe do zé manel ficou viúva há uns meses (foi do meu sogro que falei aqui e aqui, quando também andei mais ausente) e chegamos à conclusão que devia estar mais perto de nós, numa casa mais à sua medida.

Eu tenho vários post começados e outros tantos alinhavados, acreditem, mas a minha cabeça anda tão preenchida com outras coisas, que a inspiração e o tempo disponível para o blog escasseiam.

Por isso, durante uns tempos não vou aparecer por aqui. Em princípio devo "voltar" em meados de setembro. Espero que compreendam e aguardem o meu regresso! E claro, que continuem a fazer as vossas mudanças...

Se for urgente podem sempre contactar-me através do email 365coisasquepossofazer@gmail.com.

E, para quem for o caso, boas férias!


27 de junho de 2013

215 - Usar óleo essencial de lavanda nas queimaduras ao invés dos cremes convencionais


Há uns bons anos fiz uma grande queimadura num pulso, daquelas que esturricam a carne e tudo... Encostei o dito ao interior de um recuperador de calor onde um belo fogo já ardia há horas, só para terem uma ideia. Na altura recomendaram-me um creme - Cicalfate da Avène - que, faço-lhe justiça, deixou a minha pele como nova.

Agora voltei a queimar-me, nada de tão espectacular, mas como foi num braço e o sol (parece que é desta que é verão...) não é amigo da pele novinha em folha, queria tratar do assunto rápido e bem.

Antes de ir à farmácia resolvi consultar os meu livros maravilha (e a net) e descobri que o óleo essencial de lavanda é um óptimo cicatrizante!


A lavanda é uma espécie de vinagre dos óleos essenciais... é muito versátil, como podem ver neste rol de aplicações. 

Dentro do género Lavandula há várias espécies, pelo que percebi. A que eu tenho (sob a forma de óleo essencial) - e que encontrei mais vezes referenciada - é a angustifolia (ou officinalis), também conhecida por lavanda inglesa, fina ou dos alpes (e cresce espontaneamente na região de Provença). A alfazema também é Lavandula, mas latifolia... Confusos? Podem ler mais aqui. Para ajudar, o meu frasco tem o nome latino da lavanda fina e em português diz alfazema... Será que troquei tudo???

Não faço a mínima ideia se a que tenho na minha varanda é lavanda ou alfazema. Parece que há diferenças físicas, mas a minha percepção destas é nula. Eu uso-a, há bastante tempo, como anti-traças. E funciona. E chamo-lhe alfazema.

Bom, voltando ao que interessa. Apesar dos cremes da farmácia que conheço (além do Cicalfate, já tive familiares a usar o Biafine) não parecerem ter contra-indicações graves (algumas possíveis reacções alérgicas, irritações, ...) nem ingredientes "maléficos" (apesar de conterem parafina, não especificando se é vegetal ou não, e perfume), para quê comprar um creme composto, que vem numa bisnaga de alumínio e que provavelmente não vai ser todo utilizado antes de chegar o limite do prazo de validade, se o posso substituir por umas gotinhas de um óleo essencial?...

Usei-o puro (normalmente tal não é recomendado) e funcionou às mil maravilhas, a pele regenerou-se muito bem. A minha queimadura foi devido ao contacto com água a ferver (...) mas se for solar podem usar as receitas que já tinha partilhado aqui, quase todas contém alfazema (ou será lavanda?...). O gel de aloe vera a que faço referência nesse mesmo post é bom para todos os tipos de queimaduras. E parece que a calêndula também é óptima, mas nunca experimentei. Ah, já me esquecia, a lavanda também é óptima para picadas de insectos!

Se procurarem nos comentários deste post, encontram os produtores portugueses a quem compro os meus óleos e também outros contactos simpaticamente fornecidos por leitores.

O próximo desafio vai ser tentar fazer o meu óleo essencial de alfazema, pelo que vi neste passo-a-passo não parece muito difícil...

5 de junho de 2013

o Espírito da Terra


Há uns tempos relembrei e partilhei um dos livros da minha infância, que provavelmente me influenciou no que concerne à nossa ligação com a natureza. Se é que se pode usar a palavra ligação, pois se por um lado nós somos parte integrante da natureza (o que tornaria o termo desnecessário), por outro andamos dela tão afastados que é como se nos tivéssemos desligado.

Há uns dias li uma notícia (que partilhei na página do "365 coisas..." no facebook) sobre o facto de que o abraçar árvores estava cientificamente provado como positivo... para nós. Notícia que me provocou sentimentos opostos. Claro que fico contente por este estudo (e respectiva notícia) mostrar a importância da natureza no nosso equilíbrio e também por, talvez, aumentar o número de pessoas que  - como eu - andam por aí a abraçar as árvores que lhes saem ao caminho... Por outro fico triste quer por ser necessário um estudo científico para que haja uma "desculpa" para andar por aí a abraçar as árvores, quer porque a lógica é a dos benefícios que nos traz a nós, humanos. Porque se assim não fosse, abraçar árvores só porque sim, ou melhor, porque seria altamente benéfico para as mesmas... era tolice...

E esta notícia recordou-me um outro livro que teve um grande impacto em mim, desta vez lido durante a adolescência: "A Fala do Índio", de Teri C. McLuhan, publicado em Portugal pela Fenda Edições.

Sendo hoje o dia mundial do ambiente, achei apropriado partilhar com vocês as palavras sentidas de uma velha sábia wintu (índios da Califórnia), na altura em que a terra onde vivia era devastada pela exploração das minas de ouro:

«Os brancos nunca gostaram da terra, do gamo ou do urso. Quando nós, os índios, caçamos, comemos toda a carne. Quando andamos à cata de raízes, fazemos na terra buracos pequenos. Quando queimamos a erva por causa dos gafanhotos, não damos cabo de tudo. Abanamos as bolotas e as pinhas. E só aproveitamos a lenha do chão. Ao passo que o homem branco revolve o solo, abate as árvores, destrói tudo. A árvore diz: "Pára, estou ferida, não me faças mal". mas ele abate-a e serra-a. O espírito da terra tem-lhe ódio. Ele arranca as árvores e até as raízes lhes abala. Serra as árvores. Tudo isto lhes faz mal. Os índios nunca fazem mal, ao passo que o homem branco dá cabo de tudo. Faz explodir os rochedos e deixa-os espalhados pelo solo. A rocha diz: "Pára, estás a ferir-me". Mas o homem branco não presta atenção. Quando os índios utilizam as pedras, apanham-nas pequenas e redondas, para com elas fazerem lume e cozinharem. Como poderia o espírito da terra gostar do homem branco?... Onde quer que ele lhes toque, nela há-de deixar uma chaga.»



Vamos abraçar as árvores, vamos deitar-nos na terra, rebolar na erva, deixar o vento penetrar-nos nos poros, mergulhar nas águas do lagos, rios e oceanos. Vamos (re)encontrar o Espírito da Terra e, talvez assim, possamos deixar de cometer tantas atrocidades contra o planeta que nos abriga.

Nota-se que sou uma optimista/sonhadora/ingénua inata, não nota?...