E já agora que tal aderir às segundas sem carne?... Pode parecer pouco, mas se todos os que comem carne deixarem de o fazer apenas durante um dia, a diferença é notória (em termos ambientais). Por exemplo, "se a população total dos Estados Unidos não comesse carne às segundas, a redução das emissões (de gases que provocam o efeito de estufa) seria equivalente ao que ocorreria se todas as pessoas do país trocassem seus veículos comuns por um carro eficiente energeticamente, como o híbrido Toyota Prius. A quantidade de água economizada seria suficiente para que cada pessoa enchesse a sua banheira aproximadamente 20 vezes por ano, e evitar-se-ia o consumo de 12 bilhões de galões de gasolina".
13 de março de 2010
133 - Consumir apenas carne da região e biológica (esta também é exclusiva do Zé Manel...)
Apesar de fazer bastantes refeições sem carne ou peixe, o Zé Manel não é vegetariano. Depois de termos decidido não comprar mais peixes que façam parte da lista vermelha, chegou agora o momento de decidir não comprar carne (e seus derivados) que não sejam de origem biológica. Certificada ou não.
E porque é que a certificação não é uma prioridade?
A minha mãe - como já referi algumas vezes - vive numa aldeia, no concelho de Amarante. Faz agricultura biológica (tirou e tira "cursos" para se manter a par das técnicas naturais), tem galinhas, perus e patos ao ar livre (com mais espaço que nós, no apartamento), que lhe dão carne e ovos (e alheiras, está a dizer o Zé Manel). Tem uma pessoa que todos os anos cria um porco (ou mais) para ela e para algumas das minhas primas, e, quando precisa, compra a carne de bovino num talho da aldeia, que é fornecido por pessoas da região, "contratadas" para criarem os animais. Até a produtora de leite que lá existe já ganhou prémios: as vacas também pastam ao ar livre, ouvem música clássica e o sistema de ordenha é "meiguinho"... Mas nada disto é certificado com "selos biológicos". Ou porque as pessoas não estão nem interessadas nisso ou porque é tão difícil que desistem.
Como descobriu o Colin Bevan (autor do Impacto Zero, livro que estou a ler agora, amavelmente emprestado pela Mónia) ao visitar uma quinta de produção de leite exemplar: às vezes o selo biológico é um pau de dois bicos. O dono da quinta em questão não o tinha porque, quando as suas vacas ficavam doentes ele tratava-as com antibióticos (se necessário), mas só voltava a retirar-lhes leite para consumo quando as análises não mostravam indícios daqueles. Para ser considerado biológico (pela legislação dos Estados Unidos, aqui parece ser diferente), teria que abater as vacas doentes. E como ele próprio disse: "Eu gosto das vacas"...
Assim, já antes desta decisão, podemos dizer que uma boa percentagem de carne consumida pelo Zé Manel era de origem "mais amiga" (dos animais, do ambiente e dele próprio), mas, quando a comprava nunca tinha este cuidado. Agora - o que exige algum planeamento - vai começar a encomendar a carne no talho da aldeia da minha mãe. Como vamos lá quase todos os fins-de-semana, sempre que for preciso trazêmo-la. O Zé Manel também vai entrar, este ano, na "sociedade do porco" e se, mesmo assim, houver, alguma vez, necessidade de comprar carne no supermercado, será de origem biológica (aqui certificada). Até porque quase todos os supermercados a vendem.
E agora, o Zé Manel, mesmo continuando a comer (alguma...) carne, pelo menos sabe que os animais são bem tratados...
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matar animais para a sua carne não me parece nada ser "mais amigo dos animais"....
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