Estou de volta. Devagarinho, porque há muito para colocar em dia a vários níveis. De forma algo abrupta - ainda que esperada - a dor de quem amamos terminou. Uma nova fase se inicia, reaprendendo a vida. Obrigada pelos vossos comentários e mensagens!
Recordei-me (a propósito das perguntas que a atenciosa Liliana - do blog Verdade Verde no Preto - me pediu para responder, com o intuito de partilhar este projecto com os seus leitores) de alguns dos primeiros livros que me marcaram e de como tinham uma forte componente ambiental: "Beatriz e o Plátano", "Valéria e a Vida", a natureza maravilhosa dos livros de Sophia de Mello Breyner Andresen. Tinha a ideia de um outro, bastante gráfico, mas não me lembrava do nome...
Até que o encontrei! Chama-se "O Mundo É A Nossa Casa", de Júlio Moreira, Sena da Silva, Cristina Reis, Margarida D'Orey (Edição da Comissão Nacional do Ambiente, Lisboa 1975). Na altura talvez tenha sido distribuído pelas escolas (a minha mãe é professora "primária") por aquela Comissão, que foi a primeira estrutura pública de política do ambiente. Devo tê-lo apanhado quando comecei a ler e ficou pela minha "biblioteca". Entretanto encontrei mais alguém que também o tem como preferido e descobri que foi reeditado e que é recomendado pelo plano nacional de leitura. «Os autores estiveram na vanguarda das preocupações com o design da paisagem encarado na perspectiva ecológica, no princípio dos anos 70. É um livro de "educação" ecológica, com ilustrações originais. Um livro adulto que pode ser lido por qualquer criança.» (Bertrand)
Quis partilhar com vocês o início do texto (poema?), que aliás faz parte da própria capa do livro:
"O mundo é a nossa casa
dizemos nós porque é
no mundo que todos os
homens vivem como uma
grande família numa
grande casa Mas a
família dos homens
está dividida e há uns que
vivem como senhores e
os outros como escravos
E por isso há as guerras
e as crises e a fome
Por isso a casa está em
ruínas e em risco de se
tornar inabitável Por
isso ninguém se sente no
mundo como em sua casa
É preciso e urgente
transformar a maneira
de viver no mundo e é
para o conseguir que
muitos homens trabalham
e lutam Toda a gente
sabe estas coisas mas
nem todos gostam de
falar nelas e foi por
isso que fizemos este livro"
Bom regresso. Um abraço e força.
ResponderEliminarObrigada Helena! Beijinhos
EliminarTão bom este blogue estar de volta! :D Fico tão feliz! Força para este recomeço :)
ResponderEliminarObrigada Mariana, pelo entusiasmo! Beijinhos
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