15 de dezembro de 2009

45 - Conhecer os vários rótulos ecológicos


Exagerando um bocadinho, vou ficar a odiar rótulos... Cá estou eu de novo de volta deles, tarefa sempre bem laboriosa, sabendo que ainda me falta muito para ficar, apenas, com uma ideia geral e que me seja útil quando vou às compras. Pelo menos, neste caso, é mais fácil reconhecer os símbolos, quando estão presentes, do que tentar ler os ingredientes...

Há 3 tipo de rótulos ecológicos:

Tipo I - Rotulagem ambiental Tipo I (ISO 14024) – prevê a minimização dos impactes ambientais ao longo do ciclo de vida do produto, estando os critérios disponíveis para todas as partes interessadas e prevendo certificação de terceira parte;
Tipo II ou alegações ambientais auto-declaradas (ISO 14021) – prevê a alegação sobre aspectos ambientais de um produto, não sendo certificado nem recorrendo a critérios validados, pelo que o seu nível de transparência e credibilidade é menor do que os outros dois tipos;
Tipo III ou declarações ambientais do produto (ISO 14025) – prevê a quantificação dos impactes ambientais do produto ao longo do seu ciclo de vida, sendo os dados verificados por uma entidade independente, servindo como instrumento de comunicação ao fornecer informação verificável e rigorosa sobre aspectos ambientais.

Confesso que não percebi a diferença entre o Tipo I e o Tipo III.

A ecover, por exemplo, marca da qual compro alguns produtos, não tem nenhum rótulo identificativo à primeira vista, mas tem certificação, segundo a norma 14001, de regulação ambiental, certificada por entidades exteriores... Será Tipo I ou III? Não me importa, parece credível...

Um dos rótulos mais conhecidos por cá é o rótulo ecológico europeu. Segundo dizem no site, é avaliado todo o ciclo de vida do produto, «do berço ao túmulo». Nada, produzido pelo Homem, é completamente "ecológico" - há sempre consumo de recursos e há sempre resíduos lançados para o meio ambiente. São estes impactos durante o fabrico, a utilização e a eliminação de cada produto que são analisados, por um organismo independente, para a atribuição deste rótulo.


E já há alguns marcas/produtos/serviços portugueses com este rótulo:
Tintas Robialac - Hempel Portugal (tintas e esmaltes) - Natura Pura Ibérica (roupa para bébés) - Refúgio Atlântico (hotel na Madeira) - Turiviana (estalagem em Viana do Castelo) - Lasa (roupa para a casa) - F.Lima (várias marcas e produtos - novycera, wc pato, l'arbre vert, diese,... - pelo que percebi, nem todos certificados) - Tintas Dyrup - Renova - Coelima (roupa para a casa).

Quase tudo coisas que compramos mensalmente...

outros rótulos ecológicos:
Energy Star, eficiência energética; Nordic Swan (países nórdicos), cobre 67 grupos de produtos; Green Seal, Eua; Blue Angel (Alemanha), a Lexmark e algumas impressoras da Océ tem este selo!; NF environnement (França); ECOMARK, Japão; Max Havelaar Fairtrade, associado ao comércio justo; OEKO-TEX®, produtos têxteis; Korea Eco-Label; Thai Green Label Scheme, Tailândia; ECOMark Scheme of India; ...

Mas, tirando a Energy Star (nos computadores), nunca encontrei, até hoje, nenhum destes outros rótulos ecológicos, quando ando há procura de produtos mais amigos do ambiente! Até porque normalmente, certificam produtos do seu país ou região.

E volto à "velha questão": vou comprar um produto certificado que vem do Japão ou da Koreia, ou um equivalente, não certificado, de Portugal ou mesmo de Espanha? Por exemplo - visto que ando à procura deste item - há umas velas de uma marca sueca, certificadas. Se conseguir encomendá-las pela internet, compro-as? Ou procuro, por cá, numa feira de artesanato ou numa loja mais "alternativa", umas velas feitas artesanalmente (sem parafina...) mas sem certificação? Eu opto pela segunda. Não é melhor?

Pelo que percebi, qualquer um pode colocar num seu produto um selo a dizer produto ecológico, amigo do ambiente, biodegradável: inserem-se no Tipo II, categoria onde estão a maioria dos produtos dito ecológicos... mas e como sabemos se realmente o são? Segundo a proteste "a maioria das regras criadas para regular o uso de alegações ambientais são recomendações, standards ou códigos de boas práticas, mas não legislação. Não são, pois, obrigatórias e isso reduz o seu efeito."

Funcionamos então na base da confiança, certo?


2 comentários:

  1. Isto dos rótulos ecológicos é mesmo uma complicação..! Ando aqui há volta em pesquisas para ver se encontro a informação que preciso, mas está complicado...

    Mesmo assim já esclareceste algumas coisas.. Obrigada.. =)

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  2. É verdade, e se leres este post http://365coisasquepossofazer.blogspot.com/2010/07/adoptar-um-gel-de-banho-natural.html, percebes quando te digo que "ganhei" alguma descrença nos rótulos...

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