28 de março de 2010

148 - Abdicar do automóvel ao fim-de-semana


Tal como disse quando escrevi sobre como tornar-me uma eco-condutora, neste momento da minha vida não posso abdicar do carro durante a semana. Dou aulas em vários sítios mais ou menos distantes uns dos outros e a rede de transportes que os serve não é suficientemente eficiente para quem precisa de fazer ligações entre vários locais num determinado espaço de tempo. E não, não posso trocar as minhas turmas com outras de outros professores, de maneira a que cada um de nós fique mais perto de casa, como alguém me sugeriu!!!!!!... Mas posso ter cuidado - e tenho - ao fazer os horários, em colocar no mesmo dia sítios que fiquem "no caminho" uns dos outros e, em deixar intervalos, entre as aulas, que me permitam fazer uma eco-condução.

E, muito importante, adoro o que faço e penso que o que de bom traz compensa - pelo menos um bocadinho - as emissões de dióxido de carbono. Por exemplo, como as pessoas saem das aulas mais relaxadas, vão conduzir mais devagar!!!...

Mas claro, tento diminuir o impacto que conduzir um carro produz. E foi com esta ideia em mente que comecei a pensar que seria viável não usar o carro ao fim-de-semana.

Apesar de dar uma aula ao sábado, é relativamente perto e tenho todo o tempo para lá chegar (o mesmo acontece com o Zé Manel e com o seu treino de karate). Ainda por cima, no metro do Porto, podemos transportar bicicletas, desde que não se ultrapasse os quatro velocípedes por veículo, o que devo dizer (das vezes que ando de metro, com ou sem bicicleta), não costuma estar sequer perto de acontecer... Ah! E não esquecer, temos que entrar pela porta traseira. Assim, como estava a dizer, com a bicicleta posso compensar as lacunas na coordenação entre o metro e os autocarros.

Primeiro "problema" resolvido.


Ao Domingo vamos, muitas vezes, a casa da minha mãe, que se "retirou" para uma aldeia entre Penafiel e Amarante, a uns cinquenta e tal quilómetros do Porto. E como? De carro (apesar de já termos ido algumas vezes, voluntariamente, de comboio, estas contam-se pelos dedos de uma mão). Este segundo "problema" é fácil (se já o fizémos...) de resolver. Agora temos é que mudar hábitos entranhados: acordar mais cedo para ir para lá e vir embora mais cedo, porque ao Domingo há menos comboios. Mas nada que a nossa força de vontade (e o bom tempo que se avizinha) não ajudem!

Se ficarmos pelo Porto, temos o parque da cidade a quinze minutos a pé, se quisermos passar uma tarde ao ar livre. E o mar um pouco mais abaixo. E bicicletas e algumas ciclovias. E comboios para nos transportarem a cidades que merecem ser visitadas e de que nos esquecemos tantas vezes (vamos, num próximo Domingo, a Guimarães).

E pronto, tudo o resto é mais fácil...

Será?

Já vejo alguns entraves: quase todos os nosso amigos moram fora do Porto, o que faz com que ir a casa deles sem carro, ao fim-de-semana, à noite, se torne uma aventura (a partir da uma da manhã não há transporte públicos). Ou vimos embora antes ou temos que apanhar um táxi, mas um táxi é um carro e, para isso, usamos o nosso...

Outra situação: quando fazemos caminhadas pela SPID. Vamos daqui para - regra geral - o Gerês (que até é dos sítios mais perto). É impossível (eu sei porque já fiz a viagem muitas vezes, nos escuteiros) ir, primeiro de comboio até Braga e em seguida, de camioneta até ao Gerês, subir à serra, fazer uma boa caminhada e voltar, pelos mesmo meios, num só dia... A atenuante é que marcamos um ponto de encontro e partilhamos os veículos, levando apenas os carros necessários para o número de pessoas que participa na actividade.

Serão excepções à regra?!... Outras situações pontuais surgirão?

Logo verei (e vos direi). Para já, esta fim-de-semana foi muito pacífico. Como ficámos pela cidade, passeámos, andámos a pé e quase (quase...) não usámos tecnologias (vimos um filme em casa), outra medida que também tem sido difícil de cumprir à risca...

Mas, passinho a passinho, chegamos lá!

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