22 de fevereiro de 2010

114 - Substituir os pensos rápidos por gaze


Eu e o Zé Manel somos socorristas voluntários do núcleo da Maia da Cruz Vermelha Portuguesa (embora "de baixa" neste momento) e como aprendemos na nossa formação, pensos rápidos não devem fazer parte do saco de um socorrista que se preze. Mas como "em casa de ferreiro espeto de pau"... usamo-los nos nossos pequenos acidentes domésticos.


Há uns tempos, ao usar um, pus-me a reflectir na quantidade de desperdício que traz atrás: a embalagem individual (em papel colado) em que vêm, os pedacinhos de papel (ou plástico) que protegem a parte colante, o próprio penso que é feito principalmente de plástico e cola (nada amiga do ambiente) e a caixa de cartão onde estão guardados. Como posso reduzir tudo isto?


Não, os pensos em spray também não me parecem boa ideia...

Investigando o saco do meu imão mais novo (também socorrista), que se abastece na Bastos Viegas (através da internet), "descubro": uso gaze em rolo (e não as compressas de gaze esterilizadas que usualmente os socorristas usam e que vêm em embalagens individuais de plástico e papel...) e adesivo tipo papel, também em rolo. E com um bocadinho de paciência e uma tesoura até improvisei um "penso rápido" tão pequeno como os de compra (e de onde é acham que surgiu a ideia de os criar?...)

É um regresso às origens, "nada de novo", eu sei. Mas habituamo-nos às soluções mais imediatas e esquecemos as outras.

É menos prático? Um bocadinho. É regredir? Hum... não o vejo dessa maneira!

21 de fevereiro de 2010

113 - Deixar de usar o mini-aspirador


O mini-aspirador era, até hoje, o único electrodoméstico cá de casa que mesmo quando não estava a ser usado, ficava ligado à corrente (de outra maneira, quando o quisséssemos usar, estaria descarregado...). A sua luzinha vermelha continuamente acesa lembrava-me desse facto sempre que passava por ele...

A minha consciência não me deixou continuar a usar, por comodismo, este pequeno sugador de energia.


Na verdade, quase só o usávamos para aspirar (apesar de ser umas três ou quatro vezes por dia...) o serrim que cai do lado de fora da casa-de-banho das nossas gatas (uma delas é compulsiva e o seu ritual de "cobrir o que faz" ultrapassa os limites da caixa fechada!).

É algo que podemos fazer com o nosso aspirador "normal"*, que até é pequeno e está quase mesmo ao lado... Dá um bocadinho mais de trabalho, claro, mas nada que transtorne a nossa vida.

Assim, esvaziei-o, lavei-o, limpei-o e guardei-o, para não cedermos à tentação...

*melhor ainda (acrescentado pós publicação do post, por sugestão de terceiros...): usar o apanhador e a vassoura (às vezes as coisas mais simples passam-me ao lado)!!!

20 de fevereiro de 2010

112 - Aprender a coser e a remendar a roupa


Tal como o tricotar, podia ter aprendido, enquanto criança e adolescente, a costurar. Mas não quis, achava que eram coisas de "meninas", e eu gostava era de brincar na rua e ajudar o meu pai no seu hobby: fazer, na "carpintaria" montada na nossa garagem, móveis para todas as divisões da casa!

Assim, cheguei à idade adulta sabendo apenas, e mal, coser botões...

Há um ano tive algumas (poucas) aulas "amadoras" de costura e entretanto uns amigos ofereceram-me uma máquina de costura (daquelas pequenas e transportáveis), em troca de futuras "subidas de bainhas"!


Tenho experimentado umas coisinhas, nomeadamente os meus rolos (ainda não todos acabados...), mas sempre em linha recta. E na máquina.

Mas agora estou decidida a fazer algo mais, e antes de voltar a procurar lições com quem realmente sabe do ofício, resolvi aprofundar a minha experiência (mesmo fazendo muitas asneiras), socorrendo-me de vez em quando (...) dessa ferramenta fabulosa que pode ser a internet, que até nos dá dicas para aprendermos a costurar. A ideia é consertar (não gosto muito da palavra remendar) peças de roupa, que de outro modo seriam inutilizadas, mantendo-as no activo (lembram-se dos remendos nos joelhos das calças e nos cotovelos das camisolas?...) ou, sendo já um pouco mais ambiciosa, dar-lhes nova vida.

Andei a juntar algumas peças de roupa que precisam de pequenos "consertos" e hoje cosi (tudo à mão): um colchete num soutien; numa tshirt, uma costura (na parte de baixo da manga) que abriu (desculpem-me se não uso os termos técnicos correctos...); e uma outra costura numa carteira de trazer a tiracolo.


Não é muita coisa e é tudo bem simples (aparentemente), mas eu ainda demoro uns minutos só para enfiar a linha na agulha...

Os meus próximos projectos serão subir as bainhas numas calças e reutilizar o desenho de uma tshirt (onde apareceu um buraquinho), cosendo-o noutra!...

Quem sabe um dia também aprendo corte e até consigo fazer um casaco!!!

19 de fevereiro de 2010

111 - Utilizar sacos de lixo biodegradáveis


Apesar de já há bastante tempo não trazermos sacos de plástico quando vamos às compras, eles acabam por aparecer cá por casa.

Normalmente são usados para o lixo, pois pareceu-nos a melhor opção (ao menos eram reutilizados...). Seguindo uma sugestão da Cláudia Madeira, resolvi "investigar" este assunto.


Os sacos que encontrei cá por casa (um do Jumbo, outro do Modelo) têm impresso: "este saco é reciclável e 100% degradável, quando se apresenta quebradiço, está já em fase de degradação, devendo colocá-lo no seu recipiente de lixo doméstico", e tem também uma gota com a sigla d2w.

Até parece uma coisa boa, não?

Mas degradável não é biodegradável... e degradável, segundo percebi, não é suficiente porque continua a prejudicar o meio ambiente: estes plásticos, por "acção mecânica ou física", vão desfazendo-se em pedaços cada vez mais pequenos (mas em maior quantidade). Estes minúsculos pedaços podem ser ingeridos por seres menores (como o fitoplâncton, nos oceanos), acabando por os matar, além de que continuam a dispersar fortes poluentes químicos. Há quem diga mesmo que é melhor os plásticos não serem "biodegradáveis" do que serem só parcialmente "biodegradáveis".

Portanto, seguindo este raciocínio, nem estes sacos de plástico (das compras), nem, por exemplo, os sacos de lixo da marca Continente são ambientalmente "bons".

Para ser biodegradável os sacos têm que ser de bioplástico: feitos a partir de matérias naturais (normalmente milho, mas também cana de açúcar, celulose, ...).

A Vileda também anuncia sacos ecológicos mas descobri, como outros antes de mim, ao ler a embalagem, que são "só" degradáveis (apesar de serem feitos a partir de materiais usados, o que até é bom, porque implica menos gastos energéticos no seu fabrico) e eu agora quero dos biodegradáveis!

O que cabe na palavra Ecológico...

E finlmente, também no Continente, encontrei os sacos de lixo Bionatura, da Silvex, que são realmente biodegradáveis, feitos com bioplástico certificado da Mater-Bi, a partir de amido e plastificantes naturais. Para já só têm sacos de 12l (3,49€ a embalagem com 15 sacos), mas para nós servem muito bem.


Mas, e agora, o que faço aos sacos de plástico que me vêm parar às mãos (umas botas, um saco)???

18 de fevereiro de 2010

110 - Limpar lâmpadas e candeeiros regularmente


Nós até temos cuidado com a limpeza do nosso pequeno apartamento, não vão pensar, pelo título deste post, que não somos adeptos de tal actividade. Até porque com 3 gatas se não o fizéssemos vivíamos no meio de uma mistura de pêlo e de serrim e de ocasionais folhas trazidas do exterior...

Mas há coisas que, por inexperiência, ficam esquecidas e os candeeiros estão neste departamento. Não os de mesa, nem os suspensos (sala, quartos), mas os que estão lá em cima, "colados" ao tecto (cozinha, casa de banho).

Ao ler no 30 coisas simples que você pode fazer com energia para salvar a Terra*, que "... o pó acumulado sobre uma lâmpada ou a sujidade retida nos suportes pode reduzir a luz produzida em cerca de 10%..." lembrei-me que, desde que aqui estamos (há uns dois anos e tal), nunca limpámos os candeeiros (daqueles rectangulares feiinhos, de armadura, com lâmpadas fluorescentes) da cozinha e da varanda fechada, nem o redondo (também com o mesmo tipo de lâmpadas) da casa de banho!


Portanto hoje, munidos de escadote, fomos rectificar esta falha. Como é possível uns suportes tão fechados acumularem tanto pó?!

E realmente faz uma certa diferença (ou será psicológico?). A nossa cozinha parece um pouco mais luminosa!

* The Earth.Works Group, Difusão Cultural, Lisboa 1993

17 de fevereiro de 2010

109 - Utilizar o Ecosia como motor de busca


Há um (novo) motor de busca que ajuda a salvar a floresta tropical: ecosia.
Não tem o fundo negro (ainda) como o blackle, que nos ajudando a poupar energia, mas, por cada simples pesquisa, gratuita, através do ecosia, ajudamos a salvar 2m2 de floresta tropical. Bom, não?

É uma parceria entre a Yahoo, a Bing e o World Wide Fund for Nature (WWF) e é financiado através de “cliques” em links patrocinados (que aparecem no lado direito dos resultados das pesquisas).


É fácil de instalar: basta fazer o download, depois é só definir o Ecosia como motor de busca por defeito (no meu computador fi-lo, dentro do internet explorer, na setinha mesmo por baixo do X para fechar a página, em manage search providers...) e já está. Adicionei-o na barra superior dos favoritos, mas basta colocar a palavra ou frase que procuro na caixa de busca (em cima, à direita) e esta é feita através do ecosia. Na página, em baixo ao meio, aparece a indicação de quantos m2 já "salvámos" e quanto já foram salvos desde o começo do motor de busca.

Sabe bem saber que "cada utilizador poderá proteger 2000 m2 de floresta por ano, o que corresponde aproximadamente às dimensões de um campo de hóquei no gelo. Além disso, se apenas 1% dos cibernautas de todo o mundo fizessem as suas pesquisas no Ecosia, a cada ano salvaguardava-se uma área de floresta equivalente às dimensões da Suíça."

Não dá para procurar imagens ou vídeos... mas para as buscas simples parece óptimo!

16 de fevereiro de 2010

108 - Fazer o meu disfarce de carnaval apenas reutilizando e reciclando


Quando era pequena a minha tia fazia-nos (a mim e ao meus irmãos) as roupas de carnaval. Entre todos, tivemos disfarces de nazarena, arlequim, zorro, dama antiga (este foi o que gostei menos...), índio (e este o que gostei mais!). Quase todos serviram mais do que um de nós.

Na escola primária (sim, ainda sou do tempo da escola primária), era inevitável. Todos os anos, por esta altura fazíamos uma máscara de Carnaval, normalmente numa cartolina, decorada com o que a nossa imaginação ditasse.

Depois mantive o hábito (nos escuteiros, na faculdade e mesmo depois) de fazer o meu disfarce de carnaval quase só reutilizando peças de roupa e acessórios.

Nos últimos anos não me tenho "disfarçado" (o que não quer dizer que não me tenha divertido...) e, embora este ano fizesse tenção de o fazer, acabei por me ficar por uma máscara. Ainda não foi com molde em gesso (é o que dá deixar para a última hora), mas foi toda feita com "restos": de cartão e cartolinas, de fitas e botões. Infelizmente não fui previdente, tirando, antes, uma fotografia - porque já era de noite... - e não resistiu até ser de dia!

Há-de haver mais carnavais (e até outras alturas em que fazemos festas temáticas...)

Aqui ficam algumas sugestões mais ou menos elaboradas:

romântica (com todos os detalhes) e fácil, embora seja precisa paciência

Na escola da minha amiga Liliana (como noutras, também) fizeram um concurso de máscaras, mas só podiam concorrer os alunos que as fizessem reutilizando materiais. Vi as fotografias e havia algumas fantásticas (uma menina tinha um vestido de princesa todo feito com sacos de café!)

princesa (para profissionais...) - com plástico;
.
batman (bem original!) - com um guarda-chuva

Basta um pouco de imaginação... e algum jeito!

15 de fevereiro de 2010

107 - Aderir ao bookcrossing e "libertar" livros


Há uns anos, ainda antes das redes sociais e mesmo da proliferação dos blogs, um amigo meu, o Pedro, teve a ideia de fazer uma biblioteca virtual, entre os amigos. Quem queria participar, inseria, num ficheiro excel que ele criou, os livros que queria emprestar e este ficheiro circulava, via email, entre todos. Se estava interessada num livro, enviava um email ao respectivo dono e requisitava-o. Na altura acho que ninguém pensou em usar o correio, por isso a entrega dos livros dependia de estarmos uns com os outros.

Era uma óptima ideia, mas não teve muito sucesso.

Agora já há blogs com o mesmo propósito, usando o correio e funcionando em cadeia. Há também sítios onde é possível alugar livros. E claro, sempre houve a requisição de livros nas bibliotecas públicas, a que eu voltei a aderir.

Mas há uma ideia que, para mim, "bate" todas estas. O bookcrossing. Uma ideia simples: mais do que emprestrar, vamos dar, "transformando o mundo inteiro numa biblioteca", "libertando" livros em espaços públicos, programados para isso ou não, permitindo que um mesmo livro seja lido por imensas pessoas, em vez de ficar na nossa estante... E podemos, em princípio, saber por onde ele anda, assim como um filho que vai para longe mas vai escrevendo!


É uma óptima maneira, além de tudo o mais, de trabalharmos o nosso (des)apego às coisas. Eu nunca tive problemas em emprestar livros (mesmo tendo ficado sem alguns) mas descobri que realmente é um problema para muitas pessoas. Agora vou trabalhar a parte de saber, à partida, que vou "ficar sem"o livro"...

Escolhi o meu primeiro livro (um de que gostei, claro, mas confesso que ainda não consegui "libertar-me" de um dos meus preferidos) e registei-o no site internacional (descobri que até já me tinha lá registado há uns anos, mas nunca tinha posto em prática a intenção...). Existe um site português, mas é de apoio, o registo tem que ser feito no internacional. Automaticamente é-me dado um número, o BCID (o meu é o 603-7812470, se quiserem saber qual o meu livro), que me vai permitir, e a quem ler o livro, acompanhar o percurso do mesmo. Depois podemos descarregar e imprimir uma etiqueta que identifica o livro e explica, resumidamente, o que é o bookcrossing ou, o que eu fiz (por achar mais ecológico) escrevê-lo no próprio livro (algo que não me incomoda nada, pois aprendi, com o meu pai, que os livros também são para isso...).


Desenhei, então, o símbolo do bookcrossing e escrevi o seguinte texto:

"Querido leitor,
não estou perdido, sou um livro livre e gratuito. Leve-me, leia-me e depois liberte-me! Se ficou com curiosidade, vá a www.bookcrossing.com e descubra como transformar o mundo inteiro numa biblioteca. Se quiser saber por onde já andei, o meu bcid é o 603-7812470.
Obrigado".

E estou pronta para lançar o meu livro no mundo. Podemos fazê-lo numa das crossing zone existentes, já há várias em Portugal, mas acho que, como é a primeira vez, prefiro fazê-lo da maneira original: deixá-lo algures, num local público.

Estou tão entusiamada com estas ideias de reutilizar livros que vou montar no espaço que temos (dedicado à motricidade e desenvolvimento humano) uma pequena biblioteca e, se der, também uma crossing zone.

Agora vou ali libertar o meu primeiro livro e volto já...

14 de fevereiro de 2010

106 - Usar o forno só em ocasiões especiais


O forno cá de casa é antigo, de uma marca portuguesa que já não existe, a Leão. Aparentemente é um óptimo forno (eléctrico...) e funciona muito bem, apesar de só ter um botão para regular a temperatura e não permitir opções de tipos de funcionamento (o que até é bom, pois parece que a função grill é a que gasta mais energia).

Mas nós somos duas pessoas cá em casa. E ligar um forno grande para fazer um assado para dois é, sem dúvida, um desperdício de energia. Por isso, a partir de hoje, só fazemos assados em dias especiais (muito especiais se formos, na mesma, só nós os dois...).

Há outras medidas que ajudam a reduzir o gasto energético do forno tradicional:

- evitar abrir a porta do forno durante a sua utilização, pois este vai precisar de bastante energia para recuperar a temperatura a que estava anteriormente (perde cerca de 20% do calor acumulado, a cada abertura);
- tal como no caso do fogão, desligar o forno algum tempo antes de finalizar o assado;
- evitar o pré-aquecimento. Regra geral, só é mesmo necessário quando fazemos bolos ou souflés.


E ainda hei-de fazer um forno solar!

13 de fevereiro de 2010

105 - Limpar, periodicamente, o software do meu pc


Como tive sempre por perto um irmão "especialista" em informática nunca me preocupei com questões técnicas do meu computador. Quando algo não estava bem, chamava-o... Agora, que ele não está na divisão ao lado, tenho que ser um pouco mais do que utilizadora.

Quando pesquisava sobre como usar o computador de uma forma mais amiga do ambiente (o que me levou já a fazer algumas alterações), li que devemos limpar o software do nosso computador. O programa sugerido, em vários sítios, é o ccleaner (o primeiro c é de crap...), que podemos descarregar gratuitamente, coisa que fiz, e que "limpa" programas corrompidos, entradas incorrectas e arquivos temporários. Pu-lo a correr e em 104.375 segundos libertou-me 1.961,7 Mb. Tendo em conta que eu já fazia (e faço) o delete browsing history - dentro do internet explorer, nas opções de safety (isto assim fica giro... já pareço alguns economistas a usar termos em inglês, quase palavra sim, palavra não, nas suas explicações!) - que limpa tudo o que é relacionado com a internet, e que tenho sempre o meu caixote da reciclagem vazio, ainda é qualquer coisa!

Descobri, depois..., que o próprio windows tem um programa de limpeza, o Disk Cleanup (procurei-o através do windows explorer), que me indicava poder, ainda, libertar mais 7,5 Mb.
Para a próxima vez vou primeiro usar este e depois ver se o ccleaner é útil na mesma!
Ainda não sei qual deve ser a periodicidade, mas vou começar com uma vez por semana e ver no que dá...

Também há um programa (que se pode descarregar gratuitamente...), o SC-DiskInfo, que nos mostra como está a ser usado o espaço no nosso computador, permitindo-nos organizarmo-nos melhor. O meu até nem está nada mal!


Para quem tiver um computador "fixo": convém limpar, de 6 em 6 meses, o hardware. Abrir a "torre" e limpar, gentilmente e superficialmente, pó e sujidades acumulados.

Como sou completamente novata nestas andanças, aconselho-vos a consultar um especialista antes de efectuarem algumas das minhas sugestões... Posso ter feito tudo errado!

Se bem que o meu "bichinho" parece estar óptimo!!!

12 de fevereiro de 2010

104 - Comprar peixe que não esteja na lista vermelha


Alabote Hippoglossus hippoglossus
Alabote da Gronelândia Reinhardtius hippoglossoides
Atum patudo Thunnus obesus
Atum rabilho Thunnus thynnus
Atum do sul Thunnus maccoyii
Albacora Thunnus albacares
Atum voador Thunnus alalunga
Bacalhau do Atlantico Gadus morhua
Camarões Parapenaeus longirostris - Metapenaeus monoceros - Litopenaeus vannamei - Penaeus monodon
Espadarte Xiphias gladius
Linguado europeu Solea solea
Peixe espada branco Lepidopus caudatus
Peixes vermelhos Sebastes marinus - Sebastes mentella - Sebastes fasciatus
Pescada branca Merluccius merluccius
Pescada da Nova-Zelândia/Chile Merluccius australis
Pescada argentina Merluccius hubbsi
Pescada da Africa do Sul Merluccius capensis
Pescada da Namíbia/do Cabo Merluccius paradoxus
Raias Dipturus batis - Dipturus laevis - Rostroraja alba - Atlantoraja castelnaui - Leucoraja melitensis
Salmão Salmo salar
Solha americana Hippoglossoides platessoides
Tamboris Lophius americanus - Lophius piscatorius - Lophius budegassa
Tubarões:
Cação Galeorhinus galeusTubarão anequim Isurus oxyrhinchus
Tintureira Prionace glauca
Cação galhudo/melga Squalus acanthias

Este são os peixes que segundo a greenpeace portugal, não devemos consumir. Ou porque estão ameaçados de extinção, ou porque o tipo de pesca não é sustentável, provocando a destruição do fundo marinho ou a morte de outras espécies (por exemplo, "por cada quilo de camarão capturado, pelo menos 10 quilos de outras espécies são atiradas ao mar mortas ou moribundas. Algumas destas espécies são tartarugas em perigo de extinção"). Ou todas estas coisas juntas...


Esta organização tem em Portugal uma campanha, a decorrer há já algum tempo, contra a venda, por parte dos supermercados portugueses, de qualquer um destes peixes. Como podemos ver aqui, nenhum deles é minimamente exemplar... E todos nós, enquanto consumidores, podemos participar activamente nesta campanha. Podemos começar deixando de comprar estes peixes (e ter alguns cuidados ao comprar outros)!

Apesar de já não comer nenhum peixe há já alguns anos ("deixei" o peixe cerca de um ano depois de abdicar da carne), compramos peixe para o Zé Manel (pois é, cá em casa, só eu sou vegetariana...). Não compramos muito, porque ele é mais dado à carne... E agora ainda menos, segundo ele e para minha alegria, defensora acérrima dos oceanos e da sua vida! E, claro, nunca nenhum dos acima mencionados. A greenpeace fez uma lista vermelha de bolso, mas eu fiz uma só com os nomes dos peixes, vou imprimi-la (e, como meti 12 listas numa folha A4, distribuir as restantes) e andar com ela não me vá falhar algum nome.

Ah! E os de viveiro também não parecem ser uma boa solução...

11 de fevereiro de 2010

103 - Não comprar nenhum produto que tenha mais do que um invólucro


Quando iniciei este desafio já não trazia, ao ir às compras, os tão prejudiciais sacos de plástico. Entretanto tenho-me também esforçado para reduzir tudo o que é embalagens.

Estamos tão habituados a comprar tudo embalado que nem percebemos que na verdade tal não é incontornável. Na verdade, parece que hoje em dia 50% das embalagens produzidas são alimentares, o que nos torna a nós, pequenos consumidores, responsáveis por mudar, ou não, esta tendência.

Neste percurso gradual para reduzir o meu impacto também no mundo das embalagens..., decidi, a partir de hoje, não comprar nada que tenha mais de que uma camada de protecção. Parece pouco, mas quando começamos a estar atentos...

As bolachas integrais que gosto mais vêm em pacotinhos individuais dentro de uma caixa de cartão. Ao comprar bolachas cream cracker não posso comprar mais do que um pacote porque em conjunto vêm com mais uma camada de plástico. Alguns derivados de soja (hamburgueres, salsichas), que compro esporadicamente, também vêm, além do invólucro de plástico, numa caixa de cartão. Cereais em caixas ficam todos de parte (têm a caixa e um saco de plástico). Muitos cremes (e cosméticos), além da embalagem em vidro ou plástico também vêm numa caixa e ainda trazem um folheto...

Uma amiga, com filhos, que compra sempre vários pacotes de cereais, quado chega à caixa, retira as caixas de cartão dos mesmos e entrega-as à operadora de caixa. Se começarmos a ser mais a fazer o mesmo talvez os responsáveis das lojas comecem a passar a informação aos fornecedores. Ou não?!...


Eesta decisão permite-me trazer menos embalagens para casa, mas também percebo que o plástico é, em quase tudo, a primeira opção de embalagem, o que me incentiva a, cada vez mais, não fazer as minhas compras nas grandes superfícies mas nas lojas/mercados onde podemos comprar (quase tudo) sem embalagens.

10 de fevereiro de 2010

102 - Procurar, e usar, soluções naturais para tirar nódoas da roupa


No seguimento das várias medidas para diminuir, ao lavar a roupa, a poluição da água, pus de parte os tira-nódoas de todas as espécies. Usava, para a roupa mais suja (toalhas de mesa, guadanapos, ...) um dos que se junta ao detergente e, para uma nódoa mais esporádica, um dos que se aplica antes da lavagem. Ambos muito maus, ambientalmente falando...

Como tinha uma enorme nódoa de vinho tinto numa toalha de mesa, resultado de um gesto mais animado durante uma festa, lá fui eu pesquisar maneiras naturais para me livrar dela. Além do livro (O lar ecológico) que já falei várias vezes e de onde retirei a informação para substituir a lixívia na roupa branca, tenho um outro, Truques caseiros*, também delicioso e cheio de ideias para tudo e mais alguma coisa. Entre ambos encontrei imensas dicas de como tirar nódoas de quase tudo. Desta vez nem pesquisei na internet...

Claro que a primeira que experimentei foi para a minha nódoa de vinho tinto (já com alguns dias...). Ficou impecável!

Aqui ficam as soluções apresentadas para as mais comuns (se precisarem de mais alguma digam!). Eu experimentei, além da do vinho tinto, a da transpiração e a do chá. Todas resultaram.

Conselhos:
- Em caso de dúvida, experimentar primeiro numa zona não visível...
- Passar sempre por água, depois de usar o "tira-nódoas natural", mesmo que vá lavar em seguida.

"Soluções"

vinho tinto
Se for logo, deitar açúcar ou sal para absorver. Se não deitar água oxigenada a 20 volumes ou vinho branco (usei a água oxigenada) sobre a mancha (fará desaparecer a cor do vinho).

café, chá e chocolate
esfregar a nódoa com água oxigenada a 20 vol. e depois passar por água. Se o tecido for de lã, usar vinagre branco.

transpiração
demolhar em água com vinagre branco (eu friccionei e embebi bem a zona e depois deixei ficar uns bons minutos) ou água com limão.

fruta
se for recente friccionar com sal. Em tecidos delicados friccionar com vinagre branco ou sumo de limão. Nos outros usar álcool a 90º ou a fantástica água oxigenada. Se forem nódoas muito difíceis (amora, cereja) embeber em água de cozer feijão-branco e depois demolhar, durante toda a noite, em leite coalhado (esta não experimentei...).

gordura e óleo
água e sabão... se forem antigas ou difíceis juntar boráx à água da lavagem.

esferográfica
se forem recentes demolhar em leite morno. Se não, friccionar com sumo de limão ou iogurte (?) ou ainda uma mistura (em partes iguais) de álcool e vinagre branco.

base
esfregar com um pano de algodão ensopado em álcool a 90º.

baton
friccionar com um pano de algodão embebido em água oxigenada a 20 vol (cá está, a água oxigenada!).

sangue
demolhar em água bem fria e muito salgada e depois esfregar com vinagre branco.

ferrugem
cobrir a zona com sal, deitar um fio de sumo de limão e deixar actuar durante uma hora.

manchas em geral
usar um pano de algodão embebido em... água oxigenada a 20 volumes!

Se não tiverem solução tapam-se! Bem ecológico...


* Truques caseiros
Marie-Françoise Loock
Círculo de Leitores
Lisboa, 1995

9 de fevereiro de 2010

101 - Descongelar os alimentos no frigorífico


Não que usemos muitos congelados, mas, às vezes, quando cozinhamos, fazemos um pouco a mais e congelamos* para aqueles dias em que não temos tempo ou não nos apetece cozinhar... normalmente sopas e estufados. Neste momento também temos bastantes tomates no congelador, porque este Verão os tomateiros da horta da minha mãe fartaram-se de produzir e deu para comer tomate de todas as maneiras possíveis e imaginárias, fazer molhos de todas as espécies e feitios e ainda congelar. Ah! E algum peixe para o Zé Manel.

E como esta medida poupa energia? Ao colocarmos os alimentos no frigorífico para descongelarem, aqueles "dão frio", diminuindo o trabalho deste para arrefecer a temperatura no seu interior! Pode ser pouco, mas todos os bocadinhos contam.

Claro que isto envolve alguma programação, porque desta maneira a descongelação demora cerca de um dia (dependendo da zona do frigorífico onde se colocam os alimentos em questão). Mas é uma questão de hábito (embora não resulte quando decidimos, no momento, que não nos apetece cozinhar...).


Por outro lado este método, além de ecológico, é mais seguro porque (o que eu não sabia), por questões de saúde, não se deve descongelar alimentos à temperatura ambiente (em especial carnes e peixes...) mas a temperaturas inferiores a 4º. Acho que nem mesmo nos dias mais frios a nossa cozinha atinge esta temperatura...

* ver aqui uma pesquisa óptima, cheia de dicas de como congelar, convenientemente, diferentes alimentos.

8 de fevereiro de 2010

100 - Desligar o fogão (eléctrico) antes do fim da cozedura


Esta é daquelas coisas que eu sei, o Zé Manel sabe, mas que nos esquecemos muitas vezes, normalmente porque nos distraímos...

Como temos uma bimby (que, acho eu, é ecológica porque, entre outras coisas, não usa temperaturas muito elevadas, permite cozinhar ao vapor e tem tempos exactos de cozedura) deixámos de usar o fogão para algumas coisas do dia-a-dia (sopas, cozidos) e muitas outras dos dias especiais.... Mas eu (o Zé Manel não...) continuo a fazer o arroz no fogão, porque não gosto tanto do da bimby, e a cozer as massas (aqui preferimos os dois). E fazemos os grelhados, os "guisados", os rissotos, os salteados (no Wok), ...


Como ambos estávamos habituados a fogões a gás, agora andamos a testar quanto tempo antes podemos desligar o disco, para que o que está a ser cozinhado fique bem, sem termos que voltar a rodar o botão... Por exemplo, no arroz "à portuguesa" é fácil: depois de ferver, reduzir para o mínimo e passados 7 minutos desligar.

Mas temos uma dúvida, nas preparações que precisam de um certo tempo de cozedura (tipo um guisado). Gastamos menos energia se:

- deixarmos mais tempo na temperatura mais alta, o que reduz o tempo em que o disco está ligado (mas a uma temperatura alta);
- ou, baixar logo a temperatura, quando começa a ferver, o que prolonga o tempo em que o disco está ligado (mas a uma temperatura baixa)?

O que acham?

7 de fevereiro de 2010

99 - Participar em acções ambientais virtuais


Antes que me "batam", deixem-me dizer que esta ideia não é para substituir o "andar pelo meio do monte em contacto com a Natureza" ou o participar em outras acções reais de defesa do meio ambiente. É apenas mais uma maneira de ser ambientalmente activa, aproveitando mais uma ferrementa e o tempo que passo ao computador (independentemente de quanto tempo é, porque a maior parte destas acções ambientais demoram poucos minutos).

Hoje fartei-me de assinar petições, durante as minhas buscas pela net...

Esta é a maneira mais acessível de participar numa acção virtual. Podemos ir logo à secção ambiental do petition on line, mas aqui há de tudo, desde petições a favor do teletransporte até a "the lion has not went"... E muitas petições locais, como esta para salvar uma árvore com 100 anos em Singapura.

O melhor é chegar lá através de sites que tem sempre campanhas activas, como por exemplo a Quercus, que nos encaminha (dentro do site petitiononline) para uma petição a favor da reserva ecológica nacional (REN) ou, numa modalidade um bocadinho diferente, para a campanha contra o arroz transgénico, onde dão um exemplo de carta a escrever (e enviar) ao nosso Ministro da Agricultura a dizer-lhe para votar "contra qualquer autorização do arroz transgénico LL62".

Há tantos sítos que nos encaminham para outras petições e campanhas, que podemos escolher a que toca mais o nosso coração (animais, florestas, mares, ...). Temos, por exemplo, o partido pelos animais que neste momento tem uma petição contra a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura; a Greenpeace Portugal tem a decorrer, já há algum tempo, uma campanha contra a comercialização de espécies de peixe de profundidade, onde podemos assinar a petição e/ou ajudar, investigando os nossos supermercados.

Há um sítio, o ecological internet, que nos encaminha para uma série de outros sítios, cada um na sua área (oceanos, florestas tropicais, clima, água,...), onde podemos participar em campanhas e fazer donativos. Escolhi ir ao Ocean Conserve (a protecção dos oceanos, mares e seus habitantes toca bem fundo nas minhas fibras...) que me encaminhou, por exemplo, para a Greenpeace Internacional e a sua campanha contra a caça às baleias nos mares do Japão.

Outra hipótese é inscrever-me na rede social "ecológica", a Care2 (já está!), onde, todos os dias, quando entro na minha página, me é sugerida uma campanha/petição, e onde posso participar em campanhas free click to donate (por isso há tanta publicidade nesta rede...).

De uma forma mais lúdica, há, por exemplo, no facebook (onde também nos podemos juntar a causas ambientais), um jogo, o My Forest, onde, virtualmente, plantamos árvores em países onde há florestas em perigo e assim contribuímos (através dos patriocinadores) para a Trees for the future e para que sejam realmente plantadas árvores.


Encontrei também uma organização engraçada, a XO Earth, que incentiva as pessoas a tomar 1 acção (virtual ou real) por dia em prol do ambiente, usando um XO (na roupa, nos acessórios, na pele), espalhando assim a ideia!

E agora vou voltar às medidas reais...

6 de fevereiro de 2010

98 - Abolir os marcadores


Adoro pintar! Desde as minhas doidas experiências em telas até aos livros de colorir dos mais pequenos...

Uso marcadores ou canetas de feltro, de várias espessuras, principalmente para fazer contornos (em cartões, postais,...) mas, às vezes, também para preencher pequenas áreas. Marcadores que são quase 100% de plástico (o que não é plástico é tinta à base de químicos tóxicos)!

Eu sei que até há marcadores não tóxicos (tintas à base de água), biodegradáveis (como dizia alguém, tudo é biodegradável, umas coisas demoram é um pouco mais de tempo que outras...) e pelos vistos até há uns recarregáveis. Quando era miúda e os meus marcadores começavam a não pintar, o meu pai tirava-lhes a tampinha e deitava umas gotas de álcool no feltro e duravam mais uns tempos, ainda que as cores fossem mais esbatidas, claro.

Há até ideias fantásticas para os reutilizar:


Mesmo assim, na linha de querer reduzir o meu "lixo", vou cingir-me, para já, aos restantes materiais de "colorir" (pelo menos, enquanto não os investigo também): lápis, ceras,...

5 de fevereiro de 2010

97 - Usar fósforos em vez de isqueiro


Fósforos ou isqueiro (para acender as velas ecológicas, claro, e o incenso natural)?

Qual é mais amigo do ambiente?

Os isqueiros são de plástico, os descartáveis, ou metálicos (tipo zippo), os recarregáveis. Os primeiros são cheios com gás (butano), os segundos com hidrocarboneto isoparafínico sintético (só o nome...) que parece que veio substituir a nafta (um derivado do petróleo), mas que também é poluente.

E como se recicla um isqueiro, alguém me pode dizer? E vai para o ecoponto amarelo?

Cá por casa vamos usando tanto isqueiros, normalmente oferecidos como brinde, como caixas de fósforos. Os isqueiros vazios (como não são muito usados, duram bastante) ainda andam por aqui...

Encontrei um isqueiro ecológico, inventado no tempo em que se tinha de pagar licença de porte do mesmo, mas parece que é difícil de se usar. Há também a versão solar (embora o exemplo do cigarro não seja nada ecológico...).

E os fósforos? São, normalmente, feitos de madeira e vêm em caixas de cartão. A cabeça do fósforo pode ser de feita de diferentes compostos, uns mais verdes que outros. Apesar de serem feitos a partir de árvores os fósforos parecem-me mais ecológicos. Não são poluentes. São biodegradáveis. Podemos prolongar o seu uso, reutilizando-os (por exemplo, aproveitando os usados para acender algo, principalmente tendo um fogão a gás, usando uma chama já acesa). Também podemos reutilizar as caixas de fósforos em trabalhos manuais.


Há também algumas ideias que os podem tornar ainda mais amigos do ambiente: mais estreitos e com cabeça dupla (penso que ainda não são comercializados) ou em bloco, poupando energia, na última fase da produção, e embalagem (ainda não chegaram cá?).


Ainda não encontrei fósforos de papel encerado (mas lembro-me de já os ter usado: gostava de, no fim, os desenrolar...), nem de cartão. Para já vamos comprar dos que vêm nas caixas mais pequenas, para poupar na madeira.

Bom, bom, era "fazer" fogo até sem fósforos, como víamos, nos escuteiros, descrito no nosso "escutismo para rapazes", mas que nunca experimentámos em nenhum acampamento...

4 de fevereiro de 2010

96 - Não comprar frescos nas grandes superfícies


Antes de iniciar este desafio já consumiamos bastantes legumes e também fruta biológica (de safra materna...).

Entretanto, quando por algum motivo não temos este "cabaz" biológico ou não é suficiente, passamos também a comprar apenas fruta da época, nacional, e se possível biológica, e mais recentemente também aplicamos o mesmo critério aos legumes.

Isto fez com que passássemos a comprar mais vezes na feira, perto de nossa casa, a pequenos produtores. Mas continuamos a comprar, talvez em número igual de vezes, nos hiper/supermercados, umas vezes por conveniência outras, confesso, por preguiça...

Mas, a partir de hoje vamos deixar de fazer tal.

E o motivo principal prende-se com os sacos! Já evitávamos produtos em embalagens de isopor (esferovite), mas os sacos...

Pois é, nas grandes superfícies há frutas e legumes da época, nacionais e até biológicos, mas a sua compra implica trazer mais um saco plástico por cada item. Isto se já tivermos posto de parte todos os que já estão embalados no tal isopor e em "celofane".

Eu já não uso sacos de plástico nas minhas compras, ando sempre com os reutilizáveis atrás, mas sou obrigada a trazer meia dúzia de sacos de plástico finos e transparentes. Sou mesmo obrigada, "são regras", diz-me a senhora das pesagens, quando tento demovê-la de colocar um repolho num saco. "Pode pôr a etiqueta no talo ou até numa folha!" digo-lhe. "Não importa, são regras, tenho que o pôr num saco (e fechado com uma etiqueta para não o poder reutilizar!)"... Acharão que vou meter outro repolho neste saco??? É por questões de higiene??? Ah! E a fruta biológica, essa já vem embaladinha... em plástico.

Nalguns pingo doce, algumas operadoras de caixa (onde pesamos as coisas) deixam passar algumas coisas maiores (tipo o repolho) sem saco.

Ainda tentei reutilizar estes sacos (só possível quando somos nós a dar o nó no mesmo, porque as tais senhoras, quando não os fecham com as etiquetas do preço, cheias de brio profissional, esganam literalmente o saquito, invalidando-o para qualquer outro uso), mas hoje disse chega.

Este é o nosso primeiro passo do boicote aos lugares, sejam grandes ou pequenos, que promovem a não sustentabilidade ambiental!


Agora vamos redescobrir o mercado e ir mais vezes às feiras e mercearias. Fantástico!

3 de fevereiro de 2010

95 - Quando precisar mesmo de imprimir, usar uma fonte ecológica


Já se sabe que o melhor é não imprimir.

Mas a ter que o fazer podemos tomar algumas opções que reduzam um pouco o impacto ambiental desta operação, sempre que for possível.

E friso o "sempre que possível", porque muitas vezes não podemos imprimir seguindo os passos seguintes (por exemplo, neste momento tenho que imprimir documentos para entregar numa Câmara Municipal e não posso usar o modo rascunho - é mesmo rascunho..., nem imprimir em folhas usadas):

- imprimir as folhas dos dois lados;
- usar papel reciclado (eu ainda não uso apenas reciclado porque cá por casa ainda há quase uma resma inteira de papel branco...);
- imprimir em modo rascunho/draft;
- imprimir no lado branco de folhas usadas;
- e claro reciclar os tinteiros e se der, antes disso, reutilizá-los (assunto nada consensual...).

E agora mais uma! Na verdade já existe há algum tempo, eu é que não sabia (obrigada Rita Gago da Câmara).

A ecofont (spranq eco sans regular). Uma fonte, gratuita e acessível através de download, que permite poupar 20% de tinta na impressão. Como? Usando a técnica do queijo emmenthal: fazendo buracos nos caracteres...
Depois de descarregar a fonte é só guardá-la na pasta das fontes dentro da pasta do windows e está pronta a usar.


Depois de impressa não se notam, à vista "desarmada", os buraquinhos, e até é uma fonte bonita (é baseada na Vera Sans)!

Também encontrei, para quem imprime páginas web, dois programas gratuitos (o print what you like e o green print) que permitem optimizar estas impressões, poupando papel e tinta.

E fico à espera que a cera sólida para imprimir fique acessível por cá e para outras marcas...

2 de fevereiro de 2010

94 - Substituir a lixívia, na roupa branca, por alternativas naturais


A única coisa em que ainda usávamos lixívia era na roupa branca. Mais do que a roupa branca em geral, o cerne da questão são os quimonos do karateca da casa, que é suposto estarem tão brancos que cegam quem para eles olhar, mas que são, umas duas vezes por semana, submetidos a tal quantidade de suor que torna esta tarefa hercúlea...


Antes, os quimonos ficavam de molho em água com lixívia umas boas horas e em seguida eram lavados na máquina, juntamente com outra roupa branca, com detergente e lixívia...

Cheguei até a comprar branqueador (ai, ai!), numas saquetas que se colocam na máquina. Ainda por cima, descobri depois, os branqueadores não limpam, mas libertam uma "luz azulada, que faz com que os tecidos dêem a sensação de estar mais limpos, quando na realidade se trata apenas de um reflexo óptico"*. Além, claro, de poderem causar alergias cutâneas e serem poluentes.

O lar ecológico*, um livrinho fantástico, fala precisamente do branco de lua. De acordo com uma crença popular, quando se estende a roupa lavada numa noite de lua cheia, aquela fica mais branca e brilhante. E, tal como outras crenças, esta tem uma explicação: a lua cheia é um sinal de noite de céu limpo, o que provoca "uma maior condensação das gotas de ar húmido da atmosfera que, uma vez dissolvidas, impregnam a roupa. Estas gotas de orvalho contém um produto oxidante, semelhante ao que se adiciona aos sabões, que, ao fixar-se nas roupas, favorece o seu branqueamento."

Fantástico! Mas um pouco difícil de fazer num apartamento na cidade... tal como fazer lixívia natural (a original!) a partir de cinzas de madeira, que a Sylvia, na oficina dos sabonetes, nos ensinou. Mas esta hei-de experimentar, nem que seja uma pequena quantidade, só para ver como é!

Então como posso substituir a lixívia?

Seguindo indicações de o lar ecológico:

- primeiro pus um dos quimonos de molho em água com bicarbonato de sódio (compra-se nas farmácias, mas nem todas têm);
- depois lavei na máquina a 30º (só com roupa branca) com detergente (ecológico) e coloquei, no tambor, uma meia/peúga atada com meio limão lá dentro.

Pareceu-me bem quando o pendurei a secar. Só o tempo (e mais umas lavagens) dirá se resulta.

Na próxima vez deixo de molho com vinagre (é bom para tirar as marcas da transpiração). E vou "entremeando estes molhos" (com bicarbonato e com vinagre).

Parece que o bórax é bom para branquear peças de roupa amarelecidas pelo tempo: junta-se à água do último enxaguamento uma colher de sopa de bórax por cada 10l de água (tem que se ver a capacidade da máquina).

Também encontrei algumas "receitas" com amoníaco, mas não gostei tanto.

* O lar ecológico
José luis Gallego e César Barba
Temas & Debates
Lisboa, 2000

1 de fevereiro de 2010

93 - Utilizar apenas um copo por dia


Uma maneira muito simples para se lavar um bocadinho menos de louça, poupando água e detergente. Energia, pelo menos nós, já não, porque lavamos a louça com água fria.

Usar apenas um copo para bebermos água - a bebida por excelência cá de casa, os dois, durante todo o dia.

Antigamente eram comuns uns conjuntos de jarro e copo para água, em que este encaixava, de boca para baixo, no jarro, permitindo proteger do pó tanto a água dentro do jarro como o copo, que era assim reutilizado. Era uma peça que se colocava, normalmente, na mesinha de cabeceira. Lembro-me de andar um lá por casa, quando éramos miúdos.

(este é uma versão de design contemporâneo...)


Como não tenho nenhum destes jarros e os nossos copos não encaixam nem nos jarros nem nas garrafas (de vidro!) que por aqui andam, arranjei um prato todo catita e coloquei-o, estrategicamente, na bancada da cozinha, com o copo, claro, virado para baixo.

Assim durante o dia, sempre que vamos beber água, usamos o mesmo copo, que às refeições vem para a mesa.

Se calhar até dá para mais do que um dia, vamos ver.

31 de janeiro de 2010

Alguns deslizes


E um quarto do meu ano já passou!

Este foi um mês óptimo, muito intenso, não propriamente pelas medidas diárias, mas pelas pessoas que, no seu decorrer, "conheci" (e as aspas devem-se ao facto de estar a falar do mundo virtual).

Pessoas que estão sintonizadas para os problemas do ambiente e que ao partilhar as suas opiniões, experiências ou apenas o seu carinho, me têm ensinado e ajudado imenso! Um grande abraço, bem apertado, a todos vós.



É engraçado como algumas das medidas mais simples (e mais antigas...) ainda não estão completamente interiorizadas, como usar o copo para lavar os dentes ou não ligar a luz quando tomo duche.

Outras, que pensava que iam custar mais, por causa do mau tempo típico do Inverno, como sair para a varanda para fechar a persianas, já estão em modo automático (na verdade, a maior parte das vezes, é o Zé Manel que o faz...).

Aquelas que me causaram mais impacto - por descobrir o que está por detrás do que consumo - como a produção de ovos não biológicos, ou do chocolate, tenho a certeza que aqui ficam, de pedra e cal: nunca, nunca mais vou conseguir comprar um ovo não biológico ou um chocolate que não venha do comércio justo!

E trazem repercussões. Agora tudo o que tiver na sua composição ovos e/ou chocolate é alvo de grande escrutínio, o que normalmente acaba em mim a não comer quase nada feito fora de casa...
ou a sentir-me culpada por comer uma fatia de bolo de chocolate em casa de uma amiga!

Este mês tive mais algumas fraquezas:

- usei, uma vez, a gilete em vez da máquina de depilar (estava com frio e pressa...);
- também por causa do frio, não consegui, nalguns dias, reduzir a temperatura da água do duche para o tépido/frio;
- e ainda não foi hoje que tive 24h sem tecnologias (mantendo-me por casa) porque passei o dia fora, numa aldeia para lá de Castelo de Paiva, a festejar o aniversário da minha amiga Susana. E quando cheguei a casa, por volta das dez da noite, liguei o computador para actualizar este blog...

Por outro lado, redescobri os prazeres de utilizar uma biblioteca, de fazer germinação caseira e sobrevivi incólume ao ritual de escovar a minhas 3 gatas!

E apesar de ainda não ser muito (esta está a custar muito ao Zé Manel...) reduzimos, em dez dias, o consumo do nosso carro em 0,1l/100km...

E estou a aprender a tricotar, algo que nunca pensei fazer!

92 - Colocar "chouriços" nas janelas


Em vez de comprar ou até mandar fazer numa senhora "para os lados de Entre-os-Rios" de quem o meu primo Carlos tem o contacto... resolvi fazer eu os 2 rolos, ou tapa-frinchas, ou "chouriços", para colocar nas nossas janelas (de guilhotina), ajudando, assim, a diminuir as fugas de ar quente.

Não estava à espera que ficassem tão giros como os da Gabriela, mas pensei que fosse mais fácil de fazer, mesmo para alguém como eu, que não percebe nada de costura.


Resolvi reutilizar umas velhas calças de ganga para ficarem uns rolinhos bem resistentes e aguentarem a areia e possíveis ataques das gatas, mas na minha ignorância esqueci-me que a ganga é um tecido grosso...

Bom, ainda não estão prontos, mas depois de finalizada esta tarefa ponho aqui as fotografias do meu "árduo" trabalho!

30 de janeiro de 2010

91 - Tirar o cartão da biblioteca


Eu, segundo terceiros, devoro livros. Sempre vivemos rodeados de livros e fomos estimulados para a leitura. Por exemplo, todos os anos, no dia da criança, os meus pais levavam-nos à feira do livro e davam-nos um determinado valor em dinheiro (que foi sendo actualizado...) para comprarmos os livros que quisséssemos. Adorava este dia!

Na minha fase de policiais, usei muito a biblioteca da Calouste Gulbenkian, instalada numa antiga escola primária, para ler toda a colecção da Agatha Christie...

Mais tarde, no secundário, fui muitas vezes pesquisar para a venerável Biblioteca Municipal do Porto.

E claro, na Faculdade, passei muitas horas na biblioteca da Faup.

Depois... Depois, por tantos motivos, estive afastada de bibliotecas. Até agora.


Como ontem tentei tirar o cartão de leitora e não o consegui, por não ter nenhum comprovativo de morada, hoje passei a tarde na biblioteca Almeida Garrett, que fica, tão bem situada, nos jardins do palácio de cristal.

Então, apresentando o meu bilhete de identidade e o tal comprovativo de morada, preenchendo uma ficha de inscrição e assinando o regulamento, fiquei na posse de um cartão que me permite trazer para casa 4 livros (e também "cd's" e "dvd's", mas já não me lembro de quantos de cada vez...) por um período de 15 dias (renovável, se necessário, por um período idêntico).

Esta é uma biblioteca (multiteca?) agradável, espaçosa, com luz (hoje até o sol brilhava), pensada para as pessoas aqui estudarem, usarem os computadores e a internet, ouvirem música, verem filmes e, claro, lerem. E podemos até ter o prazer de ver um dos famosos pavões do palácio a passear lá fora.

(estes estavam um bocadinho mais à frente)

Depois de vaguear e folhear, trouxe três livros. Na verdade a biblioteca não tem muitos volumes e não tem, nem o "No impact man", nem o "Como comemos" que a Rute me aconselhou. Mas trouxe um sobre o mesmo tema: "Há lixo nos nossos pratos", embora um pouco mais antigo, e um outro sobre os perigos da "moda" da ecologia: "Verdes, a encenação ecológica". E, repetindo leituras da adolescência (...), um dos meus preferidos de Somerset Maugham: "O fio da navalha".

Penso que para a semana já lá devo voltar.

29 de janeiro de 2010

90 - Baixar a temperatura do cilindro de água quente


É sempre bom saber, quando estamos a tentar diminuir os nossos gastos energéticos, que o nosso cilindro (ou termoacumulador) é a forma mais poluente de aquecer a água...

A (única?) coisa boa é o facto do nosso cilindro estar colocado mesmo por cima do lava-loiças (se bem que agora não usemos água quente para lavar a louça), na parede que separa a cozinha da casa-de-banho, o que faz com que as perdas de calor sejam bem menores. Mas a juntar ao facto de que ter um cilindro é mau, o nosso está nu! O que quer dizer que se perde calor pelas paredes do tanque... ai, ai!

Já tenho uma nova medida para breve: isolar o nosso cilindro.


Uma coisa que podemos fazer para atenuar o gasto deste "monstrinho" é baixar a temperatura do cilindro, que normalmente está nos 60º, para 50º.

Portanto lá fui eu procurar o termostato e respectivo "regulador". Eu procurei, o Zé Manel procurou, procurámos os dois juntos... e nada.

O nosso cilindro não tem termostato visível (como têm muitos que vi pela net), nem nenhuma tampa de algum compartimento secreto onde possa estar escondido. Ou se tem escapou à nossa intensa vistoria.

E agora?

Descobri o plano B, que agora até parece melhor que o A:

desligar o cilindro e ligá-lo apenas uma hora antes de precisarmos de água quente, o que cá em casa se resume à altura dos duches. Como temos o bi-horário, vamos ter que passar a tomá-los algures entre as 22h e as 7h...

É pena o poliban não permitir tomarmos banho juntos, sob risco de um de nós escorregar e lesionar-se seriamente. Esta é que seria uma bela medida!

Entretanto, a minha amiga Carla, que trabalha na área dos materiais de construção, lembrou-me que existem temporizadores, para não termos que andar a ligar e a desligar a ficha da tomada. Mais uma coisa para procurar.

E também aprendi que para funcionar bem e durar mais tempo devemos, de três em três meses, drenar 1/4 da água do cilindro, a partir da válvula na parte inferior do depósito (para prevenir o aumento da sedimentação de materiais).

Terei coragem?

28 de janeiro de 2010

89 - Calafetar as portas


Comprámos 6m de fita de calafetar, castanha, da tesa, por 4,69€ e duas réguas de calafetagem de 1m, por 2,50€ cada (na verdade 4,99€ cada, mas têm 50% desconto no cartão Continente).
Usámos a fita nos aros da porta de entrada do apartamento, uma porta antiga em madeira. E colocámos as réguas na parte inferior (que no nosso caso, era por onde "entrava mais frio") desta e também na da porta da varanda (em alumínio...).


Por menos de 10€ calafetámos as nossas duas portas, o que segundo a própria marca, nos pode ajudar a poupar até 35% de energia. Outros (que não estão a vender um produto) dizem que poupamos apenas 5%...

Mas seja qual for o valor, provavelmente entre estes dois, é suficiente para tomar esta, tão simples, medida.

No domingo tratamos das janelas.